Pastor
do Lat. pastore
s. m.,
guardador de gado;
pegureiro;
zagal;
fig.,
pároco;
bispo;
ministro protestante.
Os líderes evangélicos mudaram de perfil a partir da segunda metade dos anos 90, embalados pelo crescimento das seitas neo-pentecostais. Cansadas de esperar pelo Reino de Deus, essas seitas resolveram pregar a busca de riquezas aqui mesmo na terra. Pastores destas igrejas - espécies de botecos de canto de rua - Perceberam ter o poder de levar os seus fiéis para qualquer lado. Bastava apresentar um discurso maniqueísta e caucado no fortalecimento do complexo de culpa. Usando esta técnica, pronto! Estava feita a lavagem cerebral. Principalmente porque a membrasia destes botecos religiosos é composta, em sua maioria, por gente iletrada e sem cultura, capaz de acreditar em tudo que é dito com uma carga a mais de emoção.
Foi nesta época que surgiram os shows gospel e os espetáculos de som e luz passaram a ser usados pelas igrejas. Tudo porque dava lucro, lotando ginásios e estádios e fazendo vender discos, roupas e souvenirs, embalados pelos “locutores da Palavra”, como eram conhecidos os disk-jóqueis e Mestres de Cerimônia que embalavam estes shows. Espertalhões ganharam muito dinheiro à custa dos fiéis nesta época.
Infelizmente, esse tipo de discurso evangélico - que impregnou primeiro igrejas tradicionais do pentecostalismo, como Assembléia de Deus - passou a influenciar até mesmo as igrejas mais tradicionais e históricas do ramo protestante, como os Batistas e Presbiterianos. Ao final da década passada, as igrejas (ou melhor, os pastores) descobriram na Política um novo filão para continuar crescendo. Como perceberam que tinham o poder de influenciar os fiés incautos, passaram a negociar apoio a candidatos em troca de cargos, para si e familiares, e benesses para seu “comércio da fé”. Esse negócio religioso teve sua culminância com a eleição do vice-governador Luiz Carlos Porto (PPS), um pastor sem igreja, com discurso afinado aos interesses de pastores-mercenários e esperteza tamanha para convencer até o ateu Jackson Lago (PDT) de que sua eleição era obra de Deus.
Os membros de suas igrejas, manipulados pelos seus interesses, não foram convidados para a festa dos “justos” e “abençoados”. São apenas parte do curral tangido para lá e para cá de acordo com o mover dos ventos - não do Espírito, mas do sopro das benesses e do tilintar dos 30 dinheiros que levou Judas à forca.
E assim caminha o Maranhão sob o signo da libertação…
Por Marco D’eça;
Publicado no Blog de Marco D’eça e no
Jornal Estado do Maranhão dia 05 de outubro de 2008.
Isso é realidade na nossa cidade (atirem-me pedras quem não viu ou soube da prática) e pelo que tenho conversado, no país inteiro, uso da máquina religiosa e da ignorância dos membros (isso bem que poderia ser considerado crime).
Como vimos acima ao chamar Pastor falamos de Líder Cristo-religioso seja Protestante ou Católico. Como cristão, fiquei ofendido ao ler a matéria do companheiro Marco, porém ao repensar com o olhar mais crítico, envergonhei-me e vi que o mundo “religioso” realmente tem-se formado ou transtornado no que vemos.
Nós religiosos o que poderíamos dizer contra tais argumentos? Deveríamos sim, antes auto analisarmo-nos e também nossos “Pastores”.
No Livro Sagrado do Evangelho segundo Mateus capítulo 10, verso 8 diz: - “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” Com base nisso pergunto: - Cantores Evangélicos se dizem dotados de dom de Deus, ora, se dom é algo doado e não vendido por Deus, porque vendem CD’s (e não são baratos)? Porque cobrar (e caro) pra fazer shows? Pra que tanto dinheiro? Acordem, eles nada têm de Deus, mas muito apego material e ganância.
Quanto à política e religião, como podem andar juntas coisas tão distintas? Interesse Material, essa é a resposta, pois que similaridades teriam? Mentira, ganância, descaso e alguns outros verbetes, porém queridos leitores, vejam o que escreveu há muito o profeta Isaías no capítulo 56 sobre os tais:
- “9 Vós, todos os animais do campo, todos os animais dos bosques, vinde comer. 10 Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono. 11 E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte.”
Como sobressair-se de tal situação já que corromperam-se bispos, pastores, párocos, missionários e demais assalariados da “Palavra de Deus”, para não sermos “Animais do campo e dos bosques” teríamos que ser Irreligiosos? Não! (vide I Timóteo 1:9) Assim seríamos mais facilmente condenados, a análise se faz necessária, porém muito simplificada: vou a uma igreja, quais os temas principais? Saúde, Prosperidade, Felicidade, Curas da carne? Fica claro o objetivo material, pois quem busca Cristo busca Paz, Consolo e Principalmente “Salvação”, nada é comprado, não cobram seu batismo, não lhe vendem CD’s, não lhe vendem um cargo, não lhe vendem um lugar, não lhe cobram quanto você precisa dispor-se pagar, seja em valores ou percentagem, mas apenas têm a felicidade de partilhar o que receberam gratuitamente que é o Dom da Salvação.
Lucas 11:9 “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”
Deixo também meu conselho: Abri vossos olhos àqueles que se dizem pastores, pois há apenas um Bom Pastor e Este vos preparou um lugar que não vos pedirão nada senão a abertura do vosso coração. Buscai, e achareis...
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arraisjr.blogspot.com
