quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Lições extras de Cristo em Sua Paixão

Por mais que não se aceite e/ou se reconheça Cristo como o verbo que se fez carne, como Deus no corpo humano, uma coisa não se pode negar: Sua pertinácia na missão a que veio e crença no ser humano.
Vejamos, como homens (assim como ele era ou estava), como nos sentiríamos sendo açoitados, preparados vagarosamente para a morte, vendo todos contra e apenas Sua Santa Mãe por Ele – observemos outra vez como fez-Se um homem comum a ponto de Sua mãe ser a única que O apoiou e acompanhou, assim como nos acontece – enquanto tantos que receberam amor, amizade, companhia, ensinos e outros até milagres das Suas mãos. Sua memória certamente passeava pela Sua vida, os amigos, onde estariam aqueles que juraram fidelidade? Os que quando receberam milagres juraram dedicação total? A população de Cafarnaum, onde tantos milagres foram operados a partir do filho do governador, os galileus, o os leprosos que foram limpos (mais de uma dezena), os paralíticos, o enfermo que esperava no tanque de Betesda, a hemorroíssa, os que comeram dos pães e peixinhos multiplicados, os possessos libertos, os cegos, os de Jericó? E aos que foram devolvidos à vida? Sim! Aos que foram ressuscitados por Ele, que sentiram a solidão da proximidade da morte, que provaram do decesso, onde estariam? Onde estaria o filho da viúva de Naim que reencontrou a vida já a caminho do culto final, a filha de Jairo e Lázaro? Lázaro, que O fez chorar pela sua ausência, por suas irmãs que também choravam, onde estariam? Quais gratidões se mostrariam agora? Porém eles não estavam lá, se estavam não se mostraram. O verbo, sendo carne, sendo homem, estava só, ninguém O acompanharia, ninguém lutaria por Ele mostrando o milagre que havia recebido. Estava só. Nem Pedro, o irmão, discípulo que tanto ama.
Um desprezo descabido até mesmo se aplicado à um praticante do mal e mesmo assim Ele não desistia, não desistiu, ainda estendeu Seu amor, Sua crença, Sua misericórdia a outros homens (incluindo os Seus algozes) e por fim a alguém que talvez a nossos olhos jamais mereceria confiança: um ladrão, um criminoso. Ele, porém, continuava confiando, continuava apostando que a humanidade merecia o sofrimento Dele. Isso que é acreditar obstinadamente, Ele havia ensinado grandes lições com seu solitário sofrimento: a Fé inabalável na recuperação do homem, na capacidade de reconhecer o erro e recomeçar, refazer; o Amor, Amor despretensioso, Amor Incondicional e a obstinação, persistência, constância e firmeza no que Se propôs.